No fim de dezembro, o Ministério da Saúde incorporou a vacina contra dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS). O Brasil passa a ser o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal.
A vacina, conhecida como Qdenga, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023, e desde julho já está disponível em clínicas privadas.
A vacina pode ser aplicada em pessoas de 4 a 60 anos de idade para prevenir a dengue, independentemente da exposição anterior à doença e sem necessidade de teste pré-vacinação.
Diante disso, surge a dúvida: grávida pode tomar vacina da dengue? É o que vamos esclarecer neste artigo!
A vacina Qdenga funciona por conter o vírus atenuado da dengue. Ela é composta por quatro sorotipos do vírus diferentes e é aplicada em um esquema de duas doses, com intervalo de 90 dias entre elas. A avaliação clínica do imunizante apontou uma eficácia de 80,2% contra a dengue, com período de proteção de 12 meses após o recebimento das duas doses. No entanto, a vacina é contraindicada para gestantes devido ao uso de vírus atenuado e também para aquelas que possuem algum tipo de imunodeficiência ou estão sob tratamento imunossupressor.
A vacina Qdenga é composta por uma formulação que contém vírus vivos, porém atenuados, dos quatro sorotipos da dengue (DEN-1, DEN-2, DEN-3, DEN-4). Esses vírus passam por um processo de enfraquecimento em laboratório para que não causem a doença propriamente dita, mas ainda estimulem uma resposta imunológica eficaz. Ao serem administradas no organismo, as partículas virais atenuadas desencadeiam a produção de anticorpos específicos capazes de combater os vírus da dengue caso haja uma infecção posterior.
O esquema de vacinação contra a dengue utilizando a Qdenga consiste na aplicação de duas doses da vacina, com um intervalo de 90 dias entre elas. A eficácia da vacina é de aproximadamente 80,2%, o que significa que ela oferece uma proteção significativa contra a dengue. Após a administração das duas doses, a vacina proporciona um período de proteção de 12 meses, reduzindo o risco de infecção e o desenvolvimento de formas graves da doença.
Apesar da eficácia da vacina contra a dengue, é importante ressaltar que ela não é recomendada para gestantes. Isso ocorre devido à presença do vírus atenuado na formulação, o qual pode representar um risco para as mulheres grávidas e seus bebês em desenvolvimento. Além disso, pessoas com imunodeficiência ou em tratamento imunossupressor também devem evitar a vacinação.
A vacina Qdenga foi aprovada pela Anvisa para pessoas de 4 a 60 anos de idade, independentemente de já terem tido dengue ou não. No momento, o governo está priorizando a imunização de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, de acordo com as recomendações da OMS. No entanto, algumas restrições se aplicam à vacinação, visando a segurança dos indivíduos.
Gestantes e lactantes são aconselhadas a não receberem a vacina devido aos riscos potenciais relacionados ao uso de vírus atenuado. Além disso, pessoas com imunodeficiência ou que estão sob tratamento imunossupressor também devem evitar a vacina. Essas recomendações têm como objetivo proteger a saúde das gestantes e assegurar a eficácia da vacina para os demais grupos populacionais.
No entanto, é importante ressaltar que as orientações podem variar de acordo com a evolução científica e as atualizações nas diretrizes de saúde pública. Portanto, é sempre recomendado consultar um médico para obter informações atualizadas e fazer uma avaliação individualizada sobre os riscos e benefícios da vacinação contra a dengue.
A inclusão da vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS) representa um avanço significativo no combate à doença no Brasil. No entanto, é importante ressaltar que a vacina não é a solução definitiva para o problema da dengue. Ainda é necessário continuar controlando o vetor da doença, o mosquito Aedes aegypti, e adotar medidas de prevenção para complementar a imunização.
Embora a vacinação possa ajudar a reduzir os casos de dengue, é fundamental garantir que a imunização seja segura e eficaz em todos os grupos populacionais, incluindo gestantes. Estudos específicos sobre a vacina da dengue em gestantes são necessários para fornecer dados sólidos e embasar recomendações claras sobre a imunização durante a gravidez.
Ao longo dos próximos anos, será possível avaliar melhor o impacto da vacina contra a dengue no Brasil, levando em consideração a cobertura vacinal e o aumento da disponibilidade de doses. É importante monitorar de perto os resultados e fazer ajustes nas estratégias de imunização, caso necessário, para garantir a eficácia da vacina e a proteção da população.
Apesar dos benefícios, é importante lembrar que a vacinação contra a dengue no SUS ainda enfrenta desafios, como a disponibilidade de doses e a organização da campanha de imunização. Além disso, é fundamental que a população esteja bem informada sobre os riscos e benefícios da vacina, incluindo gestantes que devem consultar seus médicos para tomar decisões seguras e embasadas.
Vantagens da inclusão da vacina contra dengue no SUS | Desafios e considerações |
---|---|
Ampliação do acesso à vacina | Disponibilidade de doses |
Redução do custo para a população | Organização da campanha de imunização |
Possibilidade de maior cobertura vacinal | Informação e conscientização da população sobre os riscos e benefícios |
Integração da vacinação no sistema de saúde | Estudos sobre a vacina em gestantes |
O Ministério da Saúde pretende divulgar em breve o calendário de vacinação contra a dengue no SUS. A vacina utilizada será a Qdenga, fabricada pelo laboratório japonês Takeda. O primeiro grupo a ser vacinado será o de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos nos municípios prioritários. A faixa etária mais jovem foi escolhida devido à maior mortalidade nesse grupo.
Para as gestantes e mulheres em idade fértil, é importante consultar um médico antes de tomar a vacina da dengue. Uma consulta médica é essencial para avaliar os riscos e benefícios da vacinação durante a gravidez e determinar se é seguro receber a vacina. O médico levará em consideração o histórico de saúde da gestante e fará uma avaliação individualizada para tomar a decisão mais adequada.
A vacinação contra a dengue durante a gravidez requer cuidados especiais, já que as vacinas podem conter vírus atenuados ou substâncias que podem apresentar riscos para a gestante e o feto. Portanto, é fundamental obter uma orientação médica precisa e completa antes de se submeter à vacinação.
Além da vacina Qdenga, a Dengvaxia também está disponível no Brasil desde 2015. Essa vacina protege contra os quatro sorotipos da dengue, incluindo a forma hemorrágica da doença. No entanto, a Dengvaxia só é recomendada para pessoas que já tiveram exposição ao vírus da dengue, tendo manifestado sintomas ou não. Gestantes e mulheres amamentando, assim como indivíduos com imunodeficiência, não devem receber essa vacina. É importante consultar um médico para entender qual é a opção mais adequada para cada caso.
A vacina Qdenga pode ser encontrada na rede privada de saúde, mediante pagamento. O preço das três doses necessárias para completar a imunização varia entre R$200 e R$300. Já a Dengvaxia também está disponível na rede privada desde 2015, mas seu uso é recomendado apenas para pessoas que já tiveram contato com o vírus da dengue. É importante consultar um médico para obter informações sobre a disponibilidade das vacinas e os locais de aplicação.
Vacina | Público-alvo | Preço (aproximado) |
---|---|---|
Qdenga | De 4 a 60 anos (exceto gestantes) | R$200 - R$300 (três doses necessárias) |
Dengvaxia | Pessoas com histórico de dengue | Consultar locais de aplicação |
As vacinas contra a dengue, incluindo a Qdenga e a Dengvaxia, podem causar alguns efeitos adversos, como dor de cabeça, mal-estar, dor muscular e vermelhidão no local da aplicação. A reação mais comum é a febre, que costuma aparecer dentro de 14 dias após a vacinação.
É importante observar esses efeitos e buscar orientação médica caso persistam ou sejam graves. No entanto, é fundamental ressaltar que a vacinação contra a dengue não é recomendada para gestantes, lactantes e pessoas com imunodeficiência, devido aos riscos potenciais associados.
É importante estar ciente dos possíveis efeitos adversos e seguir as recomendações médicas antes de receber a vacina contra a dengue.
O Instituto Butantan está desenvolvendo uma vacina contra a dengue em parceria com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIH). Atualmente, estão sendo realizados estudos de fase 3 para avaliar a segurança e eficácia da vacina. Segundo estudos preliminares, a vacina mostrou ser capaz de induzir a geração de anticorpos tanto em pessoas que já tiveram dengue quanto naquelas que nunca entraram em contato com o vírus. A expectativa é de que os estudos sejam concluídos em 2024.
Fase | Objetivos | Resultados Preliminares | Previsão de Conclusão |
---|---|---|---|
Fase 1 | Avaliar segurança e dosagem | Efeitos colaterais leves | Concluída em 2018 |
Fase 2 | Avaliar resposta imunológica | Produção de anticorpos em voluntários | Concluída em 2020 |
Fase 3 | Avaliar eficácia em larga escala | Indução de anticorpos em pessoas com e sem exposição anterior ao vírus | Previsão para 2024 |
A vacinação contra a dengue é uma medida de prevenção importante para combater essa doença que afeta significativamente o Brasil. A vacina Qdenga tem se mostrado eficaz, oferecendo uma taxa de eficácia de 80,2% na proteção contra a dengue.
A vacina Qdenga é administrada em duas doses, com um intervalo de 90 dias entre elas. É essencial seguir o esquema de vacinação completo para garantir a máxima eficácia da vacina.
No entanto, é importante ressaltar que a vacina contra a dengue não deve ser aplicada em gestantes, lactantes, pessoas com imunodeficiência e aquelas que estão sob tratamento imunossupressor. Esses grupos apresentam riscos potenciais relacionados à vacinação.
É fundamental que as mulheres grávidas consultem um médico de confiança para avaliar os riscos e benefícios da vacinação durante a gestação. O profissional de saúde poderá fornecer informações atualizadas e orientações personalizadas.
A vacinação contra a dengue é uma estratégia importante na prevenção da doença, mas é igualmente fundamental continuar adotando medidas de controle do mosquito Aedes aegypti, como eliminar possíveis criadouros e usar repelentes.
Benefícios da vacinação contra a dengue | Cuidados e restrições |
---|---|
Ajuda a prevenir a dengue | Contraindicada em gestantes |
Reduz a incidência da doença | Avaliação médica necessária para mulheres grávidas |
Protege principalmente crianças e adolescentes | Não recomendada para lactantes |
Contribui para diminuir o número de casos graves de dengue | Restrições para pessoas com imunodeficiência |
A vacinação contra a dengue é uma estratégia importante para reduzir a incidência da doença. No entanto, é essencial levar em consideração os cuidados e restrições específicas, garantindo a segurança da população. Consulte um médico para obter informações personalizadas sobre a vacinação contra a dengue durante a gravidez.
A vacina contra a dengue, conhecida como Qdenga, foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) como uma medida importante no combate à doença no Brasil. No entanto, é fundamental destacar que as mulheres grávidas devem evitar a vacinação devido à presença do vírus atenuado. O público-alvo prioritário para a imunização no SUS são as crianças e adolescentes de 6 a 16 anos.
É importante ressaltar que a vacinação contra a dengue não é a única forma de combater a doença. Medidas de prevenção, como o controle do mosquito Aedes aegypti, também são essenciais para reduzir a transmissão da dengue. Consultar um médico é fundamental para obter informações atualizadas sobre a vacinação contra a dengue e entender a sua segurança durante a gravidez.
A inclusão da vacina contra a dengue no SUS representa um avanço na prevenção da doença, mas é necessário continuar monitorando o impacto da vacinação e adotar medidas complementares para controlar a dengue. Conscientizar a população sobre os riscos e a importância de prevenir a doença continua sendo fundamental para reduzir os casos de dengue no país.
Não, a vacina contra dengue é contraindicada para gestantes devido ao uso de vírus atenuado e aos riscos potenciais.
A vacina conhecida como Qdenga é composta por quatro sorotipos do vírus da dengue e é aplicada em um esquema de duas doses, com intervalo de 90 dias entre elas. Ela oferece uma eficácia de 80,2% contra a dengue e tem período de proteção de 12 meses após o recebimento das duas doses.
A vacina Qdenga está aprovada para pessoas de 4 a 60 anos de idade, independentemente de já terem tido dengue anteriormente. No entanto, gestantes, lactantes, pessoas com imunodeficiência e aquelas que estão sob tratamento imunossupressor não devem receber a vacina devido aos riscos potenciais.
A inclusão da vacina contra dengue no Sistema Único de Saúde é um marco importante para o combate à doença no Brasil. A vacinação no SUS está sendo priorizada para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, de acordo com as recomendações da OMS. Estudos sobre a vacina em gestantes ainda são necessários para garantir a segurança e eficácia na proteção durante a gravidez.
O Ministério da Saúde pretende divulgar em breve o calendário de vacinação contra a dengue no SUS. O primeiro grupo a ser vacinado será o de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos nos municípios prioritários. Para gestantes e mulheres em idade fértil, é importante consultar um médico para avaliar os riscos e benefícios da vacinação durante a gravidez.
Além da vacina Qdenga, a Dengvaxia também está disponível no Brasil desde 2015. No entanto, a Dengvaxia é recomendada apenas para pessoas que já tiveram exposição ao vírus da dengue. Gestantes e mulheres amamentando, assim como indivíduos com imunodeficiência, não devem receber essa vacina. É importante consultar um médico para entender qual é a opção mais adequada para cada caso.
A vacina Qdenga pode ser encontrada na rede privada de saúde, mediante pagamento. O preço das três doses necessárias para completar a imunização varia entre R0 e R0. Já a Dengvaxia também está disponível na rede privada desde 2015, mas seu uso é recomendado apenas para pessoas que já tiveram contato com o vírus da dengue. É importante consultar um médico para obter informações sobre a disponibilidade das vacinas e os locais de aplicação.
As vacinas contra a dengue, incluindo a Qdenga e a Dengvaxia, podem causar alguns efeitos adversos, como dor de cabeça, mal-estar, dor muscular e vermelhidão no local da aplicação. A reação mais comum é a febre, que costuma aparecer dentro de 14 dias após a vacinação. É importante observar esses efeitos e buscar orientação médica caso persistam ou sejam graves. Gestantes, lactantes e pessoas com imunodeficiência devem evitar a vacinação devido aos riscos potenciais.
Sim, o Instituto Butantan está desenvolvendo uma vacina contra a dengue em parceria com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIH). Estudos de fase 3 estão sendo realizados para avaliar a segurança e eficácia da vacina. A expectativa é de que os estudos sejam concluídos em 2024.
A vacinação contra a dengue é uma importante medida de prevenção da doença. A vacina Qdenga oferece uma eficácia de 80,2% contra a dengue e possui um esquema de duas doses com intervalo de 90 dias. No entanto, gestantes, lactantes, pessoas com imunodeficiência e aquelas que estão sob tratamento imunossupressor devem evitar a vacinação devido aos riscos potenciais. É fundamental consultar um médico para avaliar os riscos e benefícios da vacinação durante a gravidez.
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